
Foi pensando no meu artigo de agosto sobre a importância da supervisão para os Coaches, que me dei conta de que a maioria da literatura disponível sobre supervisão em Coaching tem o objetivo de desenvolver as competências, habilidades e conhecimento para os supervisores, mas, e o Coach supervisionado, como se prepara?
Como o foco da supervisão é o aprendizado, os supervisionados aprendem a partir de sua prática em Coaching, bem como de seus processos de supervisão.
Os supervisores são os facilitadores deste processo de aprendizado e normalmente estão comprometidos em criar um ambiente colaborativo, onde tanto supervisores como supervisionados aprendem juntos.
Mas, como a supervisão é para supervisionados, e, não raro, supervisores tomam a iniciativa e acabam tirando a responsabilidade do processo de seus supervisionados, minha intenção aqui é alertar os Coaches que desejem atender a um programa de supervisão, que o façam tomando para si a responsabilidade de seu aprendizado e desenvolvimento como Coaches.
Ao longo de minha pesquisa sobre supervisão, tive a oportunidade de ler o trabalho de Inskipp & Proctor (2001) sobre o que os supervisionados precisam saber para se valerem da supervisão de forma efetiva.
Creio que há um ponto para nos lembrarmos sempre – que tanto o supervisionado(a) como o(a) supervisor(a) farão um excelente trabalho se adotarem a postura de aprendizes, como já havia mencionado, sem temer o não saber. E para o(a) supervisionado(a) seguir alguns passos, como não negociáveis:
- Aderir a um código de ética, usualmente isso faz parte de entidades reconhecidas, quando o(a) Coach se associa a uma instituição;
- Focar no seu objetivo, ao fazer um processo de supervisão em Coaching;
- Aplicar os aprendizados da supervisão em sua prática de Coaching;
- Ter um bom processo de feedback estabelecido entre supervisor(a) e Coach;
- Manter suas anotações relacionadas às sessões de supervisão.
Como supervisão é uma forma de aprendizado a partir da experiência, além dos passos acima, sugiro que os(as) Coaches supervisionados(as) não deixem de considerar que, em supervisão, dados se tornam informação, informação se transforma em conhecimento, conhecimento torna-se sabedoria e, ao fim, sabedoria em ação prática.
Falando da experiência, ela deve ser desafiada, examinada, analisada, considerada e interpretada para tornar-se conhecimento, sabedoria e ação e este é o papel do processo de supervisão.
Nos próximos artigos pretendo dar continuidade ao assunto abordando os seguintes aspectos:
- Como escolher um(a) supervisor(a);
- Os papeis e as responsabilidades em supervisão;
- O contrato;
- Entendendo o estágio de aprendizado em supervisão;
- E mais sete (07) competências de um(a) supervisionado(a)
Tudo isto com base no trabalho de Michael Carroll e Maria C. Gilbert, autores do livro “On being a Supervisee: creating learning partnerships”.
CloudCoaching
Setembro/2017
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